Para entender a natureza é preciso lembrar que ela é simultaneamente a mãe e os seus próprios filhos, pois absolutamente tudo depende dela. Fazendo uma analogia bem contemporânea, a natureza é simultaneamente computador, dados (entrada), processamento, produto (saída) e programa. As ciências não podem refutar esta analogia, pois elas se dedicam ao estudo do processamento natural, isto é, elas estudam o funcionamento da mecânica natural. As religiões apresentam uma visão conflitante com relação à analogia acima, pois elas reivindicam para Deus a autoria e o propósito da natureza, mas tratam Deus como se fosse externo à natureza. Diferenças a parte, as ciências e as religiões são incapazes propiciar uma visão holística da natureza, pois a primeira se limita ao estudo de fatos isolados e a outra não submete as suas “teses” às regras naturais. A primeira vista pode parecer impossível explicar a natureza holisticamente, mas isso é viável se partirmos da premissa que o poder natural se manifesta através de processos naturais porque está embutido na própria natureza. Neste caso, a principal dificuldade passa a ser identificar qual é e como age a entidade que suporta o poder da natureza, isto é, qual é a alma da natureza. Esta entidade deve ser capaz de gerar fatos materiais e imateriais, pois a natureza manifesta a ambos. É importante lembrar que os argumentos que apóiam esta argumentação não podem conflitar com as ciências, pois isto inviabilizaria qualquer teoria. Esta tarefa parece impossível, mas a “Teoria do Big Brain” já fez tudo isso. Leia e tire as suas próprias conclusões.